Você já ouviu falar sobre os doces conventuais em Portugal?

Então, a ideia surgiu pelo século XV dentro dos conventos e outras instituições religiosas.

Nesta época, Portugal era um dos maiores produtores de ovos da Europa e, como regra geral, os camponeses doavam parte da produção para as igrejas e os mosteiros mais próximos.

As claras dos ovos eram utilizadas para passar a ferro os hábitos religiosos usados pelos padres e freiras, e eram utilizadas como cola para decorar altares e ornamento.

Com isso, muitas gemas de ovos ficavam disponíveis, e, por esse motivo, as freiras tornaram-se criativas e começaram a desenvolver receitas que fariam bom uso destas gemas.

E assim nasceu a vasta gama de sobremesas conhecidas em Portugal nos dias de hoje como doces conventuais!

Embora existam mais de 150 doces conventuais em todo o país, e os seus principais ingredientes geralmente sejam as gemas de ovo e o açúcar, a verdade é que estes doces não só têm um um aspecto diferente, como também um sabor que varia.

Provar doces conventuais é como saborear a história portuguesa, pois estas receitas já existem há séculos.

São alguns exemplos de doces conventuais:

  • Pasteis de Belém de Lisboa

  • Travesseiros de Sintra

  • Ovos Moles de Aveiro

  • Pão-de-Ló de Ovar

  • Pastel de Tentúgal

  • Pastel de Feijão de Torres Vedras

  • Pudim de Abade de Priscos de Braga

  • Sericaia do Alentejo

  • Pitos de Santa Luzia de Vila Real

  • Brisas do Liz de Leiria

  • Bolo de Mel da Madeira

  • Malassadas dos Açores

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Por Vanessa Almeida

Advogada no Brasil e em Portugal